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(Português/Portuguese)
As segundas são aqueles dias de (re)começo, em que damos conta das reticências que os fins de semana nos deixaram, breves pontas soltas que não conseguimos terminar, gestos que ficaram a meio ou palavras que foram cortadas. Ao que parece, o tempo é muito curto para fazermos o que gostamos, o que queremos e, acima de tudo, o que precisamos para nos fazer felizes.

Talvez seja melhor mudar a perspectiva, considerar estes dias como o primeiro dia que consiga levar a mudança e que ela culmine, no fim de semana. Dancing on Glass de St Lucia pode ser aquela metáfora sobre os nossos atos, quase como caminhamos sobre aquele gelo que pode partir, mas não aprendemos nada com isso ... mas é para isso que servem as segundas, não? Podemos ter ritmos diferentes, mas mais cedo ou mais tarde, iremos alcançar o que queremos, mas o verdadeiro desafio vem quando a conquista já foi feita. 

Quebrámos esta segunda com Jean-Philip Grobler, oriundo da África do Sul, que traz uma mescla de electrónica curiosa, mas que é resultado da sua evolução musical neste segundo álbum Matter e de experiências em remisturar Passion Pitt, Foster the People e dar voz a temas dos The Knocks.

(English/Inglês)
Mondays are those (re) start days, when we are aware of the ellipsis that the weekends have left us, short loose ends that we were unable to finish, gestures that were left in the middle or words that were cut off. It seems that time is too short for us to do what we like, what we want and, above all, what we need to make us happy.

Perhaps it is better to change the perspective, to consider these days as the first day that can lead to change and culminate in the weekend. Dancing on Glass by St Lucia can be that metaphor about our actions, almost as we walk on that thin ice that can break, but we didn't learn anything from it ... but that's what Mondays are there for, isn't it? We may have different paces, but sooner or later, we will achieve what we want, but the real challenge comes when the achievement has already been made.

We broke this second with Jean-Philip Grobler, from South Africa, who brings a mixture of curious electronics, but which is the result of his musical evolution in this second album Matter and experiences in remixing Passion Pitt, Foster the People and giving voice to tracks by The Knocks.

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published at 17:27

(Português/Portuguese)

Acabámos o domingo rendidos a hábitos que nos afastam de passeios a dois, de pequenas conversas abertas e sentimentais, de corridas por entre as árvores, de fotografias desfocadas mas cheias de emoção à beira mar. Enfim, brincadeiras adultas a que dois corpos se resignam a viver apenas na sua memória. Talvez por isso, a cada segundo nos afastamos do nós. Afinal, se grandes impérios já caíram por imperadores que davam tudo como garantido, porque é que o nosso pequeno castelo também não pode ser derrubado?

Mas .... nem tudo está perdido! À segunda tentativa temos tudo para dar certo se realmente formos capazes de ver profundamente o que está ao nosso lado, seja que tipo de relação for, mas não  a termos como garantida. Será essa a magia que Sage (Ambroise Willaume) consegue trazer numa das mais bonitas bandas sonoras francesas dos nossos anos 20, do filme Mon Inconnue (2019) de Hugo Gélin, com aquele casalinho apaixonado protagonizado por François Civil e Joséphine Japy.

Começamos esta viagem com dois temas vocalizados, tal como iniciamos cada uma das nossas relações, porque já temos conhecimento do mundo, mas depois percorremos caminhos que só nós próprios podemos trilhar, descobrir; histórias que só nós podemos escrever, colocar cada palavra, uma a seguir à outra até termos frases claras ou inacabadas. É assim, que continuamos com melodias em  piano, num total de 12 faixas que nos vão querer dar aquela segunda oportunidade .... Afinal, só podemos aprender com os nossos erros, não é verdade?

O filme, esse, vale bem a pena .... mas é já um capítulo escrito que não é nosso. Aqui, roubamos a banda sonora e, depois de gravarmos a nossa segunda paixão, temos todo o tempo do mundo para a comparar com histórias em que Paris é tão romântico como aquela pequena rua que conduz à beira-rio numa qualquer cidade do norte de Portugal numa primavera.

(English/Inglês)

We ended Sunday surrendered to habits that take us away from walks together, short open and sentimental conversations, running under the trees, unfocused photographs, but full of emotions by the sea. Finally, adult games to which two bodies are resigned to living only in their memory. Perhaps that is why, every second we move away from the word us. After all, if great empires have already fallen by emperors who took everything for granted, why can't our little castle be overthrown as well?

But not everything is lost! On the second, try we have everything to work out if we are really able to see deeply who is on our side, whatever type of relationship it is, but we do not take it for granted. That will be the magic that Sage (Ambroise Willaume) manages to bring in one of the most beautiful French soundtracks of our 1920s, from the movie Mon Inconnue (2019) by Hugo Gélin, with that passionate couple starring François Civil and Joséphine Japy.

We start this trip with two vocalized tracks, just like we start each of our relationships, because we already have knowledge of the world, but then we go on paths that only we can walk, discover; stories that only we can write, put each word, one after the other until we have clear or unfinished sentences. It is like this, that we continue with melodies on piano, in a total of 12 tracks that will want to give us that second chance .... After all, we can only learn from our mistakes, right?

The film, that one, is well worth watching .... but it is already a written chapter that is not ours. Here, we steal the soundtrack and, after recording our second passion, we have all the time in the world to compare it with stories in which Paris is as romantic as that small street that leads to the riverside in any city in the north of Portugal in Spring.

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published at 17:31

cry me a river ... não quero saber!

by perplex3r, em 17.03.21

Cry me a River

to tell a moaning person to shut up and that you dont care.
(source: Urban Dictionary)

 

Português/Portuguese

Quando a semana ainda vai a meio, assim como aqueles papéis mal organizados em cima da mesa, com todos os post its cheio de anotações, agendas repletas de riscos e de palavras mal desenhadas, não é possível, num belo dia de sol e de calor quase primaveril, estragarmos a alegria que sentimos com coisas sem sentido.

Cried Me a River, apesar de escrito no passado, é um sentimento bem presente com uma letra melodiosa que nos reporta a campos onde vemos desabrocharem flores de esperança. Não devemos nos importar sempre com tudo que nos dizem, não devemos sequer sentir dor de quem não quer ser ajudado ou, até mesmo, de quem usa uma certa chantagem sensual para agarrar o nosso olhar e nos fazer deixar de ver.

Jersey St, neste conto de vocal house, atinge essa maturidade que, para muitos, demora anos a desenvolver, mas que é perfeitamente atingível com toda a nossa história de vida.Tal como a vida, existem aqui duas edições neste 12", a versão vocal house, com a história bem contada à nossa frente e a versão dub, que mais não é que uma versão instrumental para nós escrevermos momentos da nossa história num banco de jardim ou num passeio junto ao mar...

Ou, neste momento, na varanda com uma lata de Super Bock fresquinha debaixo do silêncio da noite!

 

English/Inglês

When the week is still in the middle, as well as those badly organized papers on the table, with all the post its full of notes, diaries full of risks and badly drawn words, it is not possible, on a beautiful spring day of sun and heat, spoiling the joy we feel with meaningless things.

Cried Me a River, despite written in the past, is a very present feeling with melodious lyrics that takes us to fields where we see flowers of hope blooming. We shouldn't always care about everything they tell us, we shouldn't even feel pain from those who don't want to be helped or even from those who use a certain sensual blackmail to grab our gaze and make us stop seeing things.

Jersey St, in this vocal house tale, reaches that maturity that, for many, takes years to develop, but which is perfectly attainable with our entire life story. Like life, there are two editions in this 12" , the vocal house version with the story well told in front of us and the dub version, which is nothing more than an instrumental version for us to write moments of our history on a garden bench or on a walk by the sea ...

Or, right now, on the balcony with fresh can of Super Bock under the silence of the night!

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published at 20:53

note

(Português)
Devido à nova imagem do blog, todos os posts anteriores a 2017 podem surgir com formatação diferente. Um novo ano, uma nova vida, nova música, nova imagem!

(English)
Due to the new image, all posts prior to 2017 may come up with a different format. A new year, a new life, new music and new image!



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