Quando não pudemos ir até à disco, o nosso santuário de sexta-feira à noite, ela vem até nós, cheia de bolas de cristal, correrias desenfreadas, sorrisos, boa disposição e música para nos fazer cantarolar.
Esta premissa levou Sophie Ellis-Bextor, durante o primeiro confinamento, a abrir a Kitchen Disco, religiosamente, todas as sextas. Estávamos perante um momento descontraído cheio de músicas originais e alguns covers, em que a família participava nos directos do Instagram ... tal sucesso, conduziu a esta edição especial de Songs From The Kitchen Disco, uma espécie de best of da sua longa carreira que, após a sua passagem pela banda indie The Audience, a música de dança lhe deu o verdadeiro valor quando assinou Groovejet (If This Ain't Love) com dj Spiller e levou o single a número 1 no Reino Unido.
Na cozinha, talvez, seja o local do início da nossa sexta-feira, quando deixamos o nosso computador a despedir-se da semana na sala, abrimos a nossa primeira garrafa e nos mimamos com uma entrega da Uber Eats. Vamos buscar a lâmpada colorida que comprámos para a passagem d'ano, colocamos a agulha no disco azul e o volume no máximo. Take Me Home torna-se descontextualizado, dado este distânciamento social que temos que seguir, mas revela aqueles namoricos de fim de semana durante adolescência, tal como Heartbreak (Make Me a Dancer)com os Freemasons. Crying At The Discotheque, vai trazer recordações e memórias inesquecíveis que queremos tanto repetir depois de uma viagem por 20 temas que vão desde a música house, dance, pop e chegam aos sons kitsch dos anos 80.
Até colocar-mos o Lado D desta longa compilação, enchemos a sala de cores, de video chamadas com amigos e abrimos a nossa ______ (preencher com um número) garrafa. Take me (out of) home .....mas até lá, encontramo-nos na pista de dança que fica entre a mesa de jantar e aquele móvel que não conseguimos trocar a tempo no Ikea. Será que iremos ter Murder On The Dancefloor com aquele dedo do pé? Vamos ver ...
Happy Friday!
English/Inglês
When we were unable to go to the disco, our Friday night sanctuary, it comes to us, full of crystal balls, runaways, smiles, good mood and music to make us sing along.
This premise led Sophie Ellis-Bextor, during the first confinement, to open the Kitchen Disco, religiously, every Friday. We were facing a relaxed moment full of original songs and some covers, in which the family participated in the Instagram stories ... such success, led to this special edition of Songs From The Kitchen Disco, a kind of best of her long career that, after her stint with the indie band The Audience, dance music gave her true value when she signed Groovejet (If This Ain't Love) with dj Spiller and took the single to number 1 in the UK.
The kitchen is, perhaps, where we start our Friday, when we leave our computer saying goodbye to the week in the living room, we open our first bottle and treat ourselves with a delivery from Uber Eats. Let's get the colored lamp that we bought for New Year's, put the needle on the blue disk and the volume at its maximum. Take Me Home becomes out of context, given this social distance that we have to follow, but it reveals those weekend flirtations during adolescence, such as Heartbreak (Make Me a Dancer)with the Freemasons. Crying At The Discotheque, will bring unforgettable memories and memories that we want to repeat after a trip through 20 songs that range from house music, dance, pop and reach the kitsch sounds of the 80s.
Until we put Side D of this long compilation, we fill the room with colors, with video calls with friends and opened our ______ (fill with a number) bottle. Take me (out of) home ..... but until then, we find ourselves on the dance floor between the dining table and that piece of furniture that we were unable to change in time at Ikea. Will we have Murder On The Dancefloor with that toe? We will find out ...
Português/Portuguese A 13 de maio, em Portugal,enquanto uns ansiavam pelo Festival da Eurovisão,sentiam um nervosismo futebolítico e esperavam pela mensagem do Papa em Fátima,em Madrid, tínhamos mais de 16.000 peregrinos a viajar pelo tempo. Às 18 horas abriram-se as portas da arena para os deejays Jumper Brothers darem o mote para as mais de 6 horas de festa com Show Me Love (Robin S), Free (Ultra Naté), Beachball (Nalin & Kane) e culminarem na contagem decrescente para o início de Love The 90s com o espanhol OBK. Não podia haver um túnel do tempo tão perfeito como este, em que tivemos a oportunidade de entrar para o Guiness Book Of Records com Saturday Night de Whigfield, numa espaço em que todos dançaram a coreografia típica do Verão de 94. Jenny Berggren, de Ace Of Base, mostrou-nos, com Beautiful Life, que mais de 20 anos depois a vida continua a ser bela e alegre e que todos, finalmente, entenderam a história de All That She Wants e viram The Sign, o que explicou os mais de 23 milhões de discos vendidos do multi-platinado álbum Happy Nation em 93/94 (também ele no Guinness Book Of Records). Por entre europop e eurodance, quando se ouviu Boom Diggy Diggy Diggy Boom Diggy Bang sentimos que estávamos a ouvir a compilação DanceMania, em que Ice Mc brilhou com o seu típico som italo-disco. A australiana Tina Cousins trouxe memórias com Pray e Mysterious Times, a sua grande colaboração com o alemão Sash!, e a brasileira Corona protagonizou um dos momentos mais engraçados ao admitir falar "portuñol", ao misturar a sua música com Boom Boom Boom dos Outhere Brothers e a ter uma das maiores interacções com o público ao som de The Rhythm Of The Night. Por entre actuações dos grupos convidados, havia tempo para a dupla de deejays, com a ajuda de fogo, lasers, ecrãns coloridos e chuva de confettis, tocarem temas que encheram as pistas de dança durante a década, com músicas de Haddaway (What Is Love), Gala (Let a Boy Cry), Faithless (Insomnia) e Kadoc (The Night Train), irem buscar Nirvana e Bon Jovi à playlist e fazerem uma homenagem sentida a Robert Miles, fazendo com que a festa fosse sempre non-stop! Por fim, as duplas de eurodance/euro rap Snap! muitos pés fizeram saltar com a poderosa voz de Penny Ford em The Power e no clássico Rhythm Is a Dancer, para além da rapper Ya Kid K, a voz original de Technotronic, que colocou a multidão a cantar em uníssono Pump Up The Jam e os holandeses 2 Unlimited que mostraram que a geração dos anos 90 não tem limite para a alegria que sentia enquanto viajava ao som de No Limit e Twilight Zone. Em suma, se perguntarem se vale a pena esta viagem, concluímos com um grande sorriso que SIM! Esta Máquina do Tempo é capaz de colocar toda uma geração nostálgica sobre uma década ainda próxima, em que com tanta evolução, ainda sabe a ligação entre um lápis e uma cassette, recorda o que era fazer uma mixtape apaixonada e, acima de tudo, sabe que abriu caminho para uma cultura de música pop e de dança que nos dias de hoje se faz sentir por todo o Mundo. Que fazemos agora? Assistimos aos melhores momentos e contamos os dias que faltam para as próximas viagens! Mais videos no Youtube, Sapo Videos e fotos no Facebook e Instagram do blog!
English/Inglês On May 13, in Portugal, while some longed for the Eurovision Song Contest, were feeling nervous about football matches and were waiting for the Pope's message in Fatima,in Madrid, more than 16,000 pilgrims were traveling through time. At 6pm the doors of the arena opened for the deejays Jumper Brothers to set the tone for more than 6 hours of partying with Show Me Love (Robin S), Free (Ultra Naté), Beachball (Nalin & Kane) culminating with the countdown to the beginning of Love The 90s with the Spanish OBK. There could not be a time tunnel as perfect as this, where we had the opportunity to enter the Guinness Book of Records with Whigfield's Saturday Night, in a place where everyone danced the typical choreography of the summer of '94. Jenny Berggren, Ace Of Base, showed us, with Beautiful Life, that over 20 years later life continues to be beautiful and joyful and that everyone finally understood the story of All That She Wants and saw The Sign, which explained the more 23 million albums sold from the multi-platinum album Happy Nation in 93/94 (also in the Guinness Book Of Records). Between europop and eurodance, when we heard Diggy Boog Diggy Diggy Boom Diggy Bang we felt we were listening to the compilation DanceMania, in which Ice Mc shone with his typical Italo-disco sound. Australian Tina Cousins brought back memories with Pray and Mysterious Times, her great collaboration with German Sash !, and the Brazilian Corona starred in one of the funniest moments when she admitted to be speaking "portuñol" (mixture of portuguese and spanish), mixing her music with Boom Boom Boom of Outhere Brothers and to have one of the biggest interactions with the audience with the sound of The Rhythm Of The Night. Between the performances of the guest groups, there was time for the duo of deejays, with the help of fire, lasers, colorful screens and rain of confetti, to play songs that filled the dance floors during the decade with Haddaway (What Is Love ), Gala (Let a Boy Cry), Faithless (Insomnia) and Kadoc (The Night Train), pick up Nirvana and Bon Jovi from the playlist and pay homage to Robert Miles, making it a non-stop party! Finally, the eurodance / euro rap duos Snap! made many feet jump with Penny Ford's powerful voice in The Power and with the classic Rhythm Is a Dancer, in addition to rapper Ya Kid K, Technotronic's original voice that set the crowd singing all in one voice Pump Up The Jam and the Dutch 2 Unlimited who showed that the 90's generation has no limit to the joy they were feeling while traveling listening to No Limit and Twilight Zone. In short, if you ask if it is worth this trip, we conclude with a big smile that YES! This Time Machine is able to put an entire generation nostalgic about a recent decade, in which with so much evolution, still knows the connection between a pencil and a cassette, remembers what it was to make a mixtape with love and, above all, knows has paved the way for a culture of pop and dance music that is now felt all over the world. What do we do now? We watch the best moments and count the days that are missing for the next trips! More videos on Youtube, Sapo Videos and photos on Facebook and Instagram of the blog!
The 90s Madrid, 2017, The Best Moments (Video)
Jumper Brothers - What Is Love (with Playmobil), Haddaway Ace Of Base - The Sign, All That She Wants, Beautiful Life Jumper Brothers - Let a Boy Cry, Gala Whigfield - Think Of You Ice Mc - Take Away The Colour, Think About The Way Corona - Baby Baby, The Rhythm Of The Night Jumper Brothers - The Nighttrain, Kadoc Technotronic - Pump Up The Jam, This Beat Is Technotronic Jumper Brothers - Be My Lover, La Bouche Snap! - The Power, Rhythm Is a Dancer Jumper Brothers - Homage To /Homenagem a Robert Miles (Children) Tina Cousins - Mysterious Times Jumper Brothers - Ecuador, Sash!; Insomnia, Faithless; Short D**k Men, 20 Fingers; Dreams, 2 Brothers on the 4th Floor 2 Unlimited - Twilight Zone, No Limit
Detentores do título Best Selling Debut Album no livro do Guiness pelo álbum Happy Nationter vendido mais de 23 milhões de cópias, Ace of Base voltam este ano sem a sua femme fatale loira com o single que antecede a edição de um Best Of especial (2cd+DVD Box). Wheel Of Fortune 2009, com novos vocais, vocoders, nova sonoridade, mais electrónico e agressivo, um pouco semelhante a Bodyrox, tem (re)conquistado os saudosistas dos anos 90 e novos fans ao se posicionar no topo de várias Charts de Download.
Em suma, o pop sueco, por muito mal que se possa falar dele, é bem capaz de surpreender e, quem sabe, agradar a gregos e troianos…afinal, estamos (novamente?) numa fase de revivalismo!
(English/Inglês)
Holding the Best Selling Debut Album of all time in the Guiness Books for the Happy Nation album,which sold over 23 million copies worldwide, Ace Of Base are back without their blond femme fatale but with the single that precedes a special Best Of cd (2cd + DVD Box). Wheel of Fortune 2009, with new vocals, vocoders, new sound, more electronic and agressive, similar to Bodyrox, have been conquering new/old 90's lovers and new fans as it has already reched the top of some Download Charts.
To sum up, the swedish pop, even when some people don't even like it, can surprise us sometimes and, who knows, please both sides...after all, we are (again) in a revivallistic year!
Anyone who, can reach you, can love you, or leave you
Arrisca! Há sempre duas possibilidades neste summer romance, por isso, partilha, sorri e vive porque se pensares que “if I never take this leap of faith I'll never know”, consegues fazer com que o summer love chegue às noites frias de Inverno. Assim, a combinação electrónica de Saltwater (Nº1 Club Hit) de Chicane com a voz e letra pop de I Bruise Easily de Natasha Bedingfield contribui para um dos melhores momentos para os nossos ouvidos, e para nos declarar através do nosso olhar.
Bruised Water já está em alta rotação, e embora ainda não exista uma data oficial para a sua edição em single, é bem capaz de provocar um burburinho nas clubcharts deste ano, com remisturas de Misha Daniels e Adam K, antecipando assim a edição do Best Of Chicane, para além de nos fazer saber que sempre que tocamos em alguém, podemos deixar aquela marquinha como “a love heart, carved on a tree”.
Por isso, deixa cair as tuas defesas, vive e arrisca mesmo que o resultado seja um Bruised Heart, afinal, este summer romance pode muito bem provar ser o contrário…
(English/Inglês)
Anyone who, can touch, can hurt you, or heal you
Anyone who, can reach you, can love you, or leave you
Take a Chance! There’s always two ways for this summer romance, therefore, share, smile and live it because if you think “if I never take this leap of faith I'll never know”, you can make this summer love last until the cold Winter nights. In this way, the combination of Chicane’s electronic single Saltwater (nº1 Club Hit) with the pop song I Bruise Easilyby Natasha Bedingfield’s voice offers us the best moments for our ears, and for us to declare our love with our eyes.
Bruised Water is already on heavy rotation, even without an official date for its release, and it might cause a buzz on the clubcharts this year, with remixes of Misha Daniels and Adam K, anticipating the release of the album Best OfChicane, and also letting us know that every time we touch someone, we can leave a mark like “a love heart, carved on a tree”.
Therefore, drop your defences, live and take a chance even if at the end of the day all you get is a Bruised Heart, well, this summer romance can go the other around…
12 Anos já passaram desde a versão cinematográfica mais moderna de Romeu e Julieta de Baz Luhrmann, através do qual os Cardigans ficaram reconhecidos mundialmente com Lovefool. Agora, 6 álbums depois, chega-nos a compilação há muito esperada, o Best Of de uma das maiores exportações suecas, a juntar a Abba, Ace Of Base, Robyn e John Dählback. Embora esta não contenha nenhum tema novo é um must have, especialmente a edição especial que inclui raridades e b-sides. Ao todo são dois cd’s com um total de 46 temas que percorrem o pop, rock e indie no seu melhor, de uma banda que nunca copiou a sua sonoridade de álbum para álbum. Se nos primeiros álbuns tínhamos temas mais indie, com First Band On The Moon (1996), deparámo-nos com um álbum mais pop, que antecedeu Gran Turismo (1998), uma mistura de rock e electrónica, no qual saíram espectaculares e invulgares singles como Erase/Rewind e My Favourite Game. A legião de fans internacionais já era considerável e com Long Gone Before Daylight (2003) (o meu preferido, nº1 na Suécia e 2 vezes platina) temos uma banda que apostou em sonoridades mais acústicas, mais intimistas e mais próximas de um unplugged. Deste álbum saiu For What It’s Worth, cujo coelhinho no vídeo é tudo menos feliz, e o amor em forma de metáfora de guerra em You’re The Storm, no qual o verso I’m an angel bored like hell/you’re a devil meaning well é perfeitamente capaz de estar, ou ter estado presente, na nossa vida. Por último, o álbum que foi platina e nº1 na Suécia, Super Extra Gravity (2005) apresentou um single com um título peculiar e muitas vezes verdadeiro, I Need Some Fine Wine and You, You Need To Be Nicer, com influencias mais rock.
Desta forma, se não tiverem dinheiro, vendam aquelas compilações velhas sem interesse,pois o Best Of é aconselhável, já que encontram lá toda a história de uma das melhores bandas de sempre, cuja a vocalista Nina Persson é, a juntar a isto tudo, umas das vozes e das caras mais puras, mais bonitas e mais sexy no mundo musical.
5/5 - Cinco Sapinhos Alegres para esta compilação!
(English/Inglês)
12 years have passed by after the most modern version of Romeo & Juliet by Baz Luhrmann, through which the Cardigans became a well-known band with Lovefool. Now, 6 albums later, we have the long awaited Best Of compilation, from one of the best Swedish exports like Abba, Ace Of Base, Robyn and John Dählback. Although this it does not have any new song, it is a must have compilation, as the special edition contains an extra cd full of rarities and b-sides, i.e. two cd with 46 songs that go through pop, rock and indie, from a band that had a different sound on each album. If on the first two albums one found more indie tracks, on First Band On The Moon (1996) one listened to some pop sounds, on Gran Turismo (1998) we had an electronic and rock album, from which two amazing and unusual singles were taken from: Erase/Rewind and My Favourite Game.
The fan base grew and with Long Gone Before Daylight (2003) (my favourite, nº1 in Sweden and 2x platinum), the band bet on a more acoustic and intimate sounds, sounding like an unplugged album. From this album, the two amazing singles were released: For What It’s Worth, whose bunny in the video is all but happy, and the war as metaphor for love in You’re The Storm, in which the verse I’m an angel bored like hell/you’re a devil meaning well can be prsent in our own life. Last, but not least, the nº1 platinum album Super Extra Gravity (2005) that presented a more rock sound with the peculiar title track I Need Some Fine Wine and You, You Need To Be Nicer.
In conclusion, if you don’t have money, sell those old compilations and buy this Best Of, in which you can find all the story from one of the best bands around, whose vocalist Nina Persson is one of the purest, beautiful and sexy voices and faces in music business.
5/5 – Five Happy Frogs out of 5 for this compilation.
(Português) Devido à nova imagem do blog, todos os posts anteriores a 2017 podem surgir com formatação diferente. Um novo ano, uma nova vida, nova música, nova imagem!
(English) Due to the new image, all posts prior to 2017 may come up with a different format. A new year, a new life, new music and new image!